Nossos princípios
A Maçonaria proclama, como sempre o fez, desde sua origem, a existência de um princípio criador, sob a denominação de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
Proclama a LIBERDADE de consciência como sacratíssimo direito do homem.
Não impõe limite à investigação da Verdade e é para garantir esta liberdade que exige de todos os seus membros a maior tolerância.
Honra o trabalho em sua forma honesta e o tem por dever, a que nenhuma pessoa válida pode fugir.
Proscreve qualquer discussão sectária, dentro dos seus Templos ou fora deles, em nome da Ordem.
Condena o despotismo e trabalha, incessantemente, para unir a espécie humana pelos laços de FRATERNIDADE.
Prega o culto à Pátria, exige respeito absoluto à família e não admite a menor ofensa nem a uma nem a outra.
Todo pensamento maçônico deve ser criador. Essa atitude mental engrandece o espírito e fortifica o coração.
Cada Maçom, parte viva dos Irmãos, concorrerá para assimilar o ideal da Ordem e desenvolvê-lo na capacidade de sua inteligência.
A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e convicções políticas, com exceção aquelas que privem o homem da liberdade de consciência e exijam submissão incondicional a seus chefes.
Em seus Templos aprende-se a amar e a respeitar tudo o que a virtude e a sabedoria consagram.
Os ensinamentos maçônicos, induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade a seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhe imponham esse dever, mas porque o sentimento de solidariedade é qualidade inata, que os faz filhos do Universo e amigos de todos os Homens.
Fundamentos da Maçonaria
O conceito de religião natural, como base espiritual da Ordem, alinha-se com a obrigação de cumprir a lei moral e de trazer religiosidade no peito. Essa ideologia exposta encontra respaldo no Noaquismo donde emanam inúmeros preceitos, princípios, procedimentos, premissas e proposições que permeiam os aspectos doutrinários.
Noé, último dos patriarcas pré-históricos, exemplo de fé (Hebreus 11:7), arauto da justiça (2 Pedro 2:5), representante de toda a Humanidade pela vontade de Deus, homem justo e perfeito (Gênesis 6:9), aquele a quem Deus disse “quem derramar o sangue de seu semelhante também terá o seu sangue derramado (Gênesis 9:6)”, enfim, foi protagonista da Primeira Aliança com Deus, conforme retratado nos capítulos 6 (seis) e 9 (nove) do Gênesis, abrangendo toda a Criação e as futuras gerações, deixou legado de artigos (mandamentos noaquitas) morais, a saber:
Um grande homem – o Maçom falível – mas perfectível;
Uma estrutura singular – a Loja – com decisivo corte sagrado/profano via o Rito, ênfase na ajuda mútua e submissão serena à constituição e regimentos comuns;
Uma elite sustentada pelo mito – a Maçonaria – capaz de ações enaltecedoras, movida que é pelo Amor, o Bem e a Ética.
A Loja Maçônica
William Shaw, nomeado mestre-de-obras do rei da Escócia, em 1553, controlava a contratação de pedreiros e construtores. Em 1598, quatro anos antes de morrer (1602), codificou as regras de criação de lojas corporativas (a primeira carta de St. Clair; para maçons). Após sua morte declinou e “morreu”, também, a função de mestre-de-obras-do-rei.
As lojas, maciçamente voltadas para a recepção de Aprendizes e aumento de salários (para Companheiros), passaram a evoluir autonomamente. O uso do termo “maçom” consolida-se por volta de 1610, associado ao modo secreto de identificação que comprovava a qualificação profissional do obreiro.
Por volta de 1630 começa a crescer bem o número de “aceitos”, geralmente vindos das classes burguesas ou nobres, em lojas, oriundos de fora do “métier” corporativo dos talhadores de pedra.
A presença desses “aceitos” em loja só pode ser explicada por hipóteses, quais sejam:
Isaac Newton (1642-1727), astrônomo, físico, filósofo e abade inglês, considerou o Noaquismo a religião primitiva dos hebreus, e, assim o resumiu: “Amar ao Senhor Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o espírito, e ao próximo como a si mesmo”.
Modernidade
Vale destacar que a simples transição, geralmente divulgada, da chamada Maçonaria Operativa, via “pedreiros-livres”, para a Maçonaria Especulativa, nunca conseguiu explicar de forma justa e perfeita o porquê da Ordem Maçônica ser linguagem universal, regular, prazerosa, emblemática, planetariamente bem resolvida e assimilada, repositório imemorial dos mistérios e da Tradição.
As Lojas dos séculos XVII e XVIII participaram da gênese de uma “esfera pública burguesa” como contrapartida da perda gradual de posição dominante, tanto das Cortes quanto da Igreja. Poucos, muito poucos documentos existentes sobre a Inglaterra do século XVII não permitem representar precisamente a organização da profissão do maçom; havia, sim, certa heterogeneidade de práticas diferentes.
Em 1717/1720, situado caracteristicamente na Inglaterra, surge um grupo de pertença maçônica, de sociabilidade, com quatro elementos típicos principais, a saber:
reivindicação da religião natural como base espiritual;
Três princípios presidiam à afiliação dos participantes:
Hoje, com o concurso de investigadores acadêmicos, nem sempre maçons, mas atores fiéis aos fatos históricos e sociológicos, admite-se que a Ordem Maçônica atingiu o estágio atual ao evoluir a partir de três transições principais, ditadas pela vontade do GADU, a saber: